1 páGina é dedicado a todos os nossos AMIGOS Amigos de verdade, que nos aturam ou já aturaram, um abraço a todos eles, e lembranças a todos os outros
15 de Outubro de 2010

É verdade colega, também existe uma noticia má, vamos passar a pagar portagem naquelas vias em que tu passavas e eram de Sem Custos Para o Utilizador, lembras-te, pois é, agora deixaram de ser de borla e começamos a pagar.

 

Uma grande embrulhada do pinóquio, mas fica descansado que como em tudo na vida tem o seu reverso, lembras-te, o reverso da moeda.

É que existem portugueses de primeira e portugueses de segunda, nem todos os lanços estão portajados, ou seja que tiver a sorte de viver e trabalhar, entre dois pórticos está safo, não paga, mas se tens o azar de viver com um pórtico entre a tua casa e o teu trabalho, estás feito tens que pagar.

 

É a vida caro colega, ai aonde tu estás não tens este tipo de contratempo, mas não te esqueças de todos aqueles que tu deixas-te, bem que precisamos da tua intersecção ai junto de Deus.

publicado por 1 páGina às 16:34

Pois é caro colega,

 

Mais uma noticia boa para todos nós, "são 7795 os medicamentos que a partir de hoje passam a custar menos 6%. Em média a redução de preço imposta pelo governo rondará os 1,5 euros nos remédios comparticipados.".

 

Já viste quantas pessoas que precisam irão beneficiar desta medida é espectacular, nestes tempos que correm, e a crise que por ai vai até que é benéfico para todos quantos precisam deles.

 

Mas como deves saber, tudo nesta vida tem um reverso, aliás uma moeda tem cara mas também a coroa. Pois é, a nossa coroa (ou melhor cruz) é que é pesada, por isso vê só o que fez o pinóquio: "Ao mesmo tempo que descem os preços, descem também as comparticipações, o que implicará um agravamento para os bolsos dos doentes. É o caso de 983 antiulcerosos e anti-inflamatórios que perdem um apoio do Estado de 69% e passam a ter apenas 37%.".

 

É verdade colega, por um lado dão-nos um rebuçado, mas por outro tiram-nos o comer que haveria-mos de comer no dia-a-dia. É o país que temos, ou melhor os governantes que nos governam, ou que se governam.

 

noticia: Medicamentos. Preços baixam em média 1,5 €


publicado por 1 páGina às 16:16
07 de Outubro de 2010

Pois é, mais um ano se passou e mais distante ficas de todos nós. Alguns já não se lembram, outros terão uma vaga ideia e para outros ainda estarás sempre ao seu lado, e agora lá no alto aonde estás, olha para cada um de nós e tenta conduzir-nos pelos melhores caminhos.

 

Mas 5 de Outubro também está marcado pela implantação da nossa república, e por isso multiplicam-se os discursos e as festas e amigo olha o que dá juntar um padre bem-humorado, um autarca que desde Abril de 1976 gere os destinos da Câmara de Vila Nova de Poiares e um secretário de Estado com agilidade suficiente para responder à letra a um anfitrião que classificou como "difícil":

 

Primeiro foi Jaime Soares, o presidente da Câmara de Vila Nova de Poiares, que, num aparte ao discurso, deu meia volta e, de costas para a plateia, o incumbiu de pedir a Deus que evite que "o povo passe, agora, por males tão grandes como os que sofreu antes da implantação da República". Ainda o padre não tinha recuperado do espanto e já o secretário de Estado da Administração Local, José Junqueiro, se lhe dirigia também, esse a pedir ajuda divina para as autarquias, que vivem "momentos de aperto".

Sem provocarem reacções visíveis na sonolenta plateia, os pedidos foram feitos com graça e não caíram em saco roto. A esticar as pernas, entorpecidas por tão longa cerimónia, o pároco Mendes Antunes aproveitou a confusão da debandada para admitir que não esperava sair dali com tão pesados encargos. Só lamentou, com um sorriso, que não lhe tivessem dado a palavra. "Se dessem, ter-lhes-ia dito: "Confiem na Virgem e não corram e vão ver o pontapé que levam!""

publicado por 1 páGina às 15:20
24 de Setembro de 2010

O ensino em Portugal está mau, muito mau mesmo, e não falo de cor é com justa causa, tanto de um lado da barricada como do outro.

O descrédito é total, pois os professores são uns malandros, não fazem nada (segundo dizem....). Mas do outro lado, os pais, tambem não nada fazem ou não querem saber o que fazem os filhos, como se comportam, como vai o estudo.

 

E depois dá nisto:

 

CRIDO DEÁRIO!

29 de Junho de 2009
paçei o 5º anuh. A p*ta da stora de mat, k é a nossa dt, n m kria deixar paçar pk eu tnh nega a td menus a ginástica, pk jogo bem há bola, e o crl... mas a gaija f*deu-se puke a ministra da idukaxão mandou dizer ao ppl k penxam q mandam aí nas xkolas masé pa baixarem os kornos k tds os socios com menos de 12 anus teiem de paçar... axu bem.

29 de Junho de 2010
passei o 6º anuh. ainda bem q ainda n fiz 13 anus, q ódpx podia n passar, qesta cena de passar com buéda negas é só até aos 12...f*da-se, fiquei buéda f*dido na m*rda deste ano, e ó c*ralho, o pan*leiro do stor d educassão física deu-me a m*rda do 2... assim tive nega a tudo... ainda bem q a ministra da iduqaxão é porreira, ela é qé uma sócia sbem: a xqola n serve pa nada, é uma seca. tive q aprender que os K's se escrevem Q, qomo em "xqola" e não "xkola", e que "passar" não é qom Ç... a xqola é porreira só pa qurtir qas damas qd gente se balda...

29 de Junho de 2011
Passei o 7º ano. Exte anuh ia chumbando pq tive nega a qase td menos a área de projetuh, mas aqela cena tb é facil, n se fax nd... Exte anuh a dt disseme q eu passava pq tinha aprendido qas fraxex qomexam qom letra maiúscula e pq m abituei a exqrever qom Q em vez de K, tipuh agora ja xei xqrever "eu qomo qogumelos qom quentruhs" em vez de "eu komo kogumelos kom kuentruhs". É fixolas, pode xer qum dia venha a ser um gamela famôzo...

29 de Junho de 2013
Passei o 9º ano. Foi buéda fácil, pqu a prof paxou-me logo. Fui ao quadro xqurever uma sena em qu dezia tipuh "aquela janela", e eu exqurevi "aqela janela", pqu dixeram-me qu n se xkqureve "akela", é quom Q e não quom K. Mas a profs desatinou quomiguh e dixe qu eu tnh qu pôr o U à frente do Q... Pur ixu exte anuh aprendi qu o Q leva U à frente. No próximuh anuh é o 10º, vou pá sequndária...

29 de Junho de 2014
Aquabei o 10º ano. Não foi muituh difícil só tive que aprender-mos a não exqureverem quom aberviaturas purque nem todas as palavras xe puderam aberviar mas ixtu foi uma bequa para o quompliquado purque quom esta sena do QU em vex de K e das aberviaturas exqueceramme de quomo é que se faxião os verbuhs nos tempuhs e nas pexoas, ou lá o que é... Mas a prof disse tass bem que no prócimo anuh a gente vê ixu.

29 de Junho de 2015
Passou o 11º ano. Foi mais fácil que o 10º. Aprendi que as frases devem ser mais qurtax. E aprendi também que "ano" não esqureve "anuh". Axo que no prócimo ano vai ser mais difícil. Purque a xeguir é a faquldade.

29 de Junho de 2016
Acabou o 12º. Fiquei buéda confuso porque tive de aprender a diferenxa entre usar o QU e o C, tipo "esCrever" e não "esQUrever". Quando eu usava o K era buéda mais fácil... A prof de português é buéda religiosa e anda a ouvir vozes de deus, porque dixe-me que eu não merexia passar, mas "xão ordens lá de xima"...

29 de Junho de 2017
Já fiz o primeiro ano da faculdade. Estou em ingenharia cevil na universidade lusófona. Tive um stor buéda mal iducado que me disse que eu era um ignorante porque às vezes escrevia com X em vez de CH, S ou C. Mas o meu pai veio cá com uma moca de rio maior e chegou-lhe a rôpa ao pelo. E depois fomos fazer queixa do gajo e a ministra despediu-o porque o gajo, não sei quê, parece que quis vir estragar aqui um muro nosso. Mas não sei essas senas. O meu pai é que me explicou uma cena qualquer de "danos murais"... O que é bom é que a ministra da iducação continua a mandar aqui nestes sócios da faculdade para eles não levantarem a garimpa contra nós.

29 de Junho de 2019
Acabei a minha licenciatura porque a ministra da iducação disse que tinhamos que passar sempre mesmo que não tivessemos notas, para não ficarmos astigmatizados. Acho que é uma cena que dá nos olhos quando se estuda muito. Agora vou fazer um mestrado e disseram-me que, quando acabar, vou ficar mestre. Eu quero ser de Kung-Fu.

29 de Junho de 2021
Já sou mestre. Afinal não sou de Kung Fu, sou de engenharia cevil. Os meus profs disseram que eu não devia estar em mestrado porque ainda não estava preparado, mas eu disse que o meu pai tinha uma moca de rio maior e que era amigo da ministra e já tinha mandado um bacano da laia deles para a rua e eles calaramsse. Agora vou fazer um doutoramento, porque a ministra da iducação diz que se não deixarem um aluno fazer o doutoramento só por causa das notas, ele fica com a auto-estima em baixo e isso perjudica a aprendizajem.

29 de Junho de 2023
Sou doutor. O meu orientador da tese ficou muito satisfeito porque eu já não dou erros ortográficos: ao longo destes dois anos, aprendi a escrever "engenharia civil" em vez de "ingenharia cevil" e também porque aprendi que a ministra é da "educação" e não da "iducação", mas lê-se assim. Entretantos casei. A minha dama chama-se Sónia e os pais dela ficaram muito felizes por ela ir casar com um doutor em engenharia civil. Ela não sabe ler nem escrever: só fez até ao 2º ano da licenciatura e depois foi trabalhar para o Minipreço. Já tá grávida.

29 de Outubro de 2023
Nasceu o meu filho! Chamei-lhe Júnior porque ele é mais novo que eu.

29 de Agosto de 2029
O Júnior vai fazer 6 anos daqui a 2 meses. Devia entrar para a escola este ano, mas estive a pensar muito bem e não o vou pôr na escola. Ele não precisa daquilo para nada, aprende em casa. Eu ensino-lhe a ler, que sou doutor, e a mãe ensina-lhe a fazer contas, que é caixa no Minipreço. A escola não vale nada. Acho que o sistema de ensino hoje em dia é uma m*rda. No meu tempo é que era bom.

 

O que é preciso é ter um pai doutor e uma mãe que trabalhe no "Minipreço" (passa a publicidade) e esta tudo remediado.

publicado por 1 páGina às 14:45
12 de Julho de 2010

Mário Crespo

O Fim da Linha

Mário Crespo

Terça-feira dia 26 de Janeiro. Dia de Orçamento. O Primeiro-ministro José Sócrates, o Ministro de Estado Pedro Silva Pereira, o Ministro de Assuntos Parlamentares, Jorge Lacão e um executivo de televisão encontraram-se à hora do almoço no restaurante de um hotel em Lisboa. Fui o epicentro da parte mais colérica de uma conversa claramente ouvida nas mesas em redor. Sem fazerem recato, fui publicamente referenciado como sendo mentalmente débil (“um louco”) a necessitar de (“ir para o manicómio”). Fui descrito como “um profissional impreparado”. Que injustiça. Eu, que dei aulas na Independente. A defunta alma mater de tanto saber em Portugal. Definiram-me como “um problema” que teria que ter “solução”. Houve, no restaurante, quem ficasse incomodado com a conversa e me tivesse feito chegar um registo. É fidedigno. Confirmei-o. Uma das minhas fontes para o aval da legitimidade do episódio comentou (por escrito): “(…) o PM tem qualidades e defeitos, entre os quais se inclui uma certa dificuldade para conviver com o jornalismo livre (…)”. É banal um jornalista cair no desagrado do poder. Há um grau de adversariedade que é essencial para fazer funcionar o sistema de colheita, retrato e análise da informação que circula num Estado. Sem essa dialéctica só há monólogos. Sem esse confronto só há Yes-Men cabeceando em redor de líderes do momento dizendo yes-coisas, seja qual for o absurdo que sejam chamados a validar. Sem contraditório os líderes ficam sem saber quem são, no meio das realidades construídas pelos bajuladores pagos. Isto é mau para qualquer sociedade. Em sociedades saudáveis os contraditórios são tidos em conta. Executivos saudáveis procuram-nos e distanciam-se dos executores acríticos venerandos e obrigados. Nas comunidades insalubres e nas lideranças decadentes os contraditórios são considerados ofensas, ultrajes e produtos de demência. Os críticos passam a ser “um problema” que exige “solução”. Portugal, com José Sócrates, Pedro Silva Pereira, Jorge Lacão e com o executivo de TV que os ouviu sem contraditar, tornou-se numa sociedade insalubre. Em 2010 o Primeiro-ministro já não tem tantos “problemas” nos media como tinha em 2009. O “problema” Manuela Moura Guedes desapareceu. O problema José Eduardo Moniz foi “solucionado”. O Jornal de Sexta da TVI passou a ser um jornal à sexta-feira e deixou de ser “um problema”. Foi-se o “problema” que era o Director do Público. Agora, que o “problema” Marcelo Rebelo de Sousa começou a ser resolvido na RTP, o Primeiro Ministro de Portugal, o Ministro de Estado e o Ministro dos Assuntos Parlamentares que tem a tutela da comunicação social abordam com um experiente executivo de TV, em dia de Orçamento, mais “um problema que tem que ser solucionado”. Eu. Que pervertido sentido de Estado. Que perigosa palhaçada.

Nota: Artigo originalmente redigido para ser publicacado hoje (1/2/2010) na imprensa.


publicado por 1 páGina às 11:14
07 de Julho de 2010

2009-12-14

MÁRIO CRESPO, JORNALISTA
O palhaço

O palhaço compra empresas de alta tecnologia em Puerto Rico por milhões, vende-as em Marrocos por uma caixa de robalos e fica com o troco. E diz que não fez nada. O palhaço compra acções não cotadas e num ano consegue que rendam 147,5 por cento. E acha bem.

O palhaço escuta as conversas dos outros e diz que está a ser escutado. O palhaço é um mentiroso. O palhaço quer sempre maiorias. Absolutas. O palhaço é absoluto. O palhaço é quem nos faz abster. Ou votar em branco. Ou escrever no boletim de voto que não gostamos de palhaços. O palhaço coloca notícias nos jornais. O palhaço torna-nos descrentes. Um palhaço é igual a outro palhaço. E a outro. E são iguais entre si. O palhaço mete medo. Porque está em todo o lado. E ataca sempre que pode. E ataca sempre que o mandam. Sempre às escondidas. Seja a dar pontapés nas costas de agricultores de milho transgénico seja a desviar as atenções para os ruídos de fundo. Seja a instaurar processos. Seja a arquivar processos. Porque o palhaço é só ruído de fundo. Pagam-lhe para ser isso com fundos públicos. E ele vende-se por isso. Por qualquer preço. O palhaço é cobarde. É um cobarde impiedoso. É sempre desalmado quando espuma ofensas ou quando tapa a cara e ataca agricultores. Depois diz que não fez nada. Ou pede desculpa. O palhaço não tem vergonha. O palhaço está em comissões que tiram conclusões. Depois diz que não concluiu. E esconde-se atrás dos outros vociferando insultos. O palhaço porta-se como um labrego no Parlamento, como um boçal nos conselhos de administração e é grosseiro nas entrevistas. O palhaço está nas escolas a ensinar palhaçadas. E nos tribunais. Também. O palhaço não tem género. Por isso, para ele, o género não conta. Tem o género que o mandam ter. Ou que lhe convém. Por isso pode casar com qualquer género. E fingir que tem género. Ou que não o tem. O palhaço faz mal orçamentos. E depois rectifica-os. E diz que não dá dinheiro para desvarios. E depois dá. Porque o mandaram dar. E o palhaço cumpre. E o palhaço nacionaliza bancos e fica com o dinheiro dos depositantes. Mas deixa depositantes na rua. Sem dinheiro. A fazerem figura de palhaços pobres. O palhaço rouba. Dinheiro público. E quando se vê que roubou, quer que se diga que não roubou. Quer que se finja que não se viu nada.

Depois diz que quem viu o insulta. Porque viu o que não devia ver.

O palhaço é ruído de fundo que há-de acabar como todo o mal. Mas antes ainda vai viabilizar orçamentos e centros comerciais em cima de reservas da natureza, ocupar bancos e construir comboios que ninguém quer. Vai destruir estádios que construiu e que afinal ninguém queria. E vai fazer muito barulho com as suas pandeiretas digitais saracoteando-se em palhaçadas por comissões parlamentares, comarcas, ordens, jornais, gabinetes e presidências, conselhos e igrejas, escolas e asilos, roubando e violando porque acha que o pode fazer. Porque acha que é regimental e normal agredir violar e roubar.

E com isto o palhaço tem vindo a crescer e a ocupar espaço e a perder cada vez mais vergonha. O palhaço é inimputável. Porque não lhe tem acontecido nada desde que conseguiu uma passagem administrativa ou aprendeu o inglês dos técnicos e se tornou político. Este é o país do palhaço. Nós é que estamos a mais. E continuaremos a mais enquanto o deixarmos cá estar. A escolha é simples.

Ou nós, ou o palhaço.

publicado por 1 páGina às 11:06
06 de Julho de 2010

Sócrates logo no dia da posse atacou os farmacêuticos.
Eu não disse nada porque não sou farmacêutico

A seguir atacou os magistrados,
também nada disse porque não sou magistrado.

Depois foi aos médicos e enfermeiros.
Também nada disso é comigo

A seguir congelou as carreiras dos funcionários público,
quero lá saber eu nem sou manga de alpaca.

Maltratou os polícias, os militares, os professores... os padres também não escaparam
Aumentou os impostos.

Aumentou a idade da reforma, a insegurança nas ruas, nas escola e até nas nossas casas.
Há mas criou “as novas oportunidades” “o divórcio” a insegurança, o crime, a violência, os “canudos” de férias e Domingos.

Hoje bateu à minha porta com a Lei da mobilidade
e atirou-me para o desemprego.
Já gritei e ninguém me ouve, até parece que a coisa só me afecta a mim.

publicado por 1 páGina às 09:45

Primeiro eles roubaram nos sinais,

mas não fui eu a vítima,


Depois incendiaram os ônibus,

mas eu não estava neles;


Depois fecharam ruas,

onde não moro;

 

Fecharam então o portão da favela,

que não habito;


Em seguida arrastaram até a morte uma criança,

que não era meu filho...


Cláudio Humberto, em 09 FEV 2007

publicado por 1 páGina às 09:42

Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu.
Como não sou judeu, não me incomodei.

No dia seguinte, vieram e levaram
meu outro vizinho que era comunista.
Como não sou comunista, não me incomodei .

No terceiro dia vieram e levaram meu vizinho católico.
Como não sou católico, não me incomodei.

No quarto dia, vieram e me levaram;
já não havia mais ninguém para reclamar...

Martin Niemöller, 1933
- símbolo da resistência aos nazistas.

publicado por 1 páGina às 09:41

Primeiro levaram os negros

Mas não me importei com isso
Eu não era negro

Em seguida levaram alguns operários
Mas não me importei com isso
Eu também não era operário

Depois prenderam os miseráveis
Mas não me importei com isso
Porque eu não sou miserável

Depois agarraram uns desempregados
Mas como tenho meu emprego
Também não me importei

Agora estão me levando
Mas já é tarde.
Como eu não me importei com ninguém
Ninguém se importa comigo.

Bertold Brecht (1898-1956)

publicado por 1 páGina às 09:37
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O GUARDADOR DE REBANHOS
Sou um guardador de rebanhos

O rebanho é os meus pensamentos

E os meus pensamentos são todos sensações.

Penso com os olhos e com os ouvidos

E com as mãos e os pés

E com o nariz e a boca.

Pensar uma flor é vê-la e cheirá-la

E comer um fruto é saber-lhe o sentido.

Por isso quando num dia de calor

Me sinto triste de gozá-lo tanto.

E me deito ao comprido na erva,

E fecho os olhos quentes,

Sinto todo o meu corpo deitado na realidade,

Sei a verdade e sou feliz.

Alberto Caeiro
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Já te adicionei, desculpa a demoraBeijinho*
Olá o nosso blog está a organizar um grande passat...
Pessoa,tão penosamente realista e docemente apaixo...
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